Amo-te, mas não rastejo por ti
Errei, admito-o e não desminto em momento algum. Não dei o devido valor na hora certa, não correspondi da melhor forma, naquela altura eu não era o ideal para ti. Arrependo-me. Mas agora tudo mudou, não tenho a mesma indecisão de antes. Isso tudo mudou.
Tive de me afastar para organizar a minha cabeça, limpar todos os trabalhos pendentes que me stressavam, organizar todo o meu horário no dia a dia, escolher e reduzir bem os meus hobbies, adaptar a minha vida a uma vida a dois, e estar dedicado a uma relação como tu te dedicas e assim o deve ser.
Numa relação deve-se sentir amor em tudo o que se faz, deve-se amar cuidar, amar alimentar, amar saciar, amar compreender, amar solucionar, amar apoiar,… enfim, deve-se amar AMAR. E tudo isto é cultivado. Uma relação não é somente um mar de rosas, pois o que é que se aprende sem errar? Se se errar, há que reconhecer e melhorar, são os três mandamentos de uma relação.
Eu reconheci e melhorei, mas tu só vês que errei.
Aproximo-me de ti com delicadeza mas tu afastas-me como se eu fosse contra uma mola.
Sei que é difícil digerir tudo mas existe o amor que se mantém no fundo da garrafa, e cabe a ti tirares a rolha para eu poder enchê-la com todo o amor que sinto por ti.
Tenho tentado de tudo, ao teu jeito, ao teu ritmo, tal como tu exiges, mas sinto desprezo e talvez algum sentimento de contentamento por o feitiço se ter virado contra o feiticeiro, e agora ser eu quem esteja a lutar por nós.
SMS’s, telefonemas, cafés e conversas, mas tu ativas sempre a mola que me empurra para trás.
Dizes para parar com isto tudo, mas ao mesmo tempo sabe-te bem a minha atenção e preocupação contigo.
Amo-te e luto por nós!
Mas não te demonstrarei mais esta luta que travo por nós, porque dói a tua má reciprocidade e também porque tu assim me dizes para parar de te “chatear”.
Amo-te, mas não rastejo por ti!
Texto de Jorge Santos