Não sei qual foi a merda que o último rapaz que passou pela tua vida fez, mas ele foi um idiota. Isso é certo. Deixou-te com medo de te entregares, fez com que tu te fechasses e, agora, qualquer sinal que o mundo te dê de que é possível, sim, ser feliz, será prontamente ignorado.
Eu entendi: tu queres que eu desista porque o teu coração ainda está magoado.
Olha, desculpa-me discordar de ti, mas, sem falsa modéstia, quero ser a cura para tudo de ruim que aconteceu contigo. Não vou prometer-te ser um rapaz perfeito, mas vou esforçar-me para te mostrar que o que passou merece ser enterrado. Esquecido. Aliás, até é bom que tu tragas todas as lições que aprendeste. E, por favor, se eu errar ou chegar perto de fazer algo que te cause mal, avisa-me.
Às vezes temos o problema de fazer algumas coisas e acharmos que não vamos atingir determinada pessoa. “Achamos” demais às vezes. Não quero esses mal entendidos. Não quero essa distância. Tu não vês que, quando estamos longe, a saudade vem confirmar tudo o que eu te disse agora? Que a falta um do outro só faz gritar mais alto o quão verdadeira é essa vontade de estar junto? Que estamos apenas no início? Eu quero vir a ser muito mais, mas quero que tu te dês conta disso aos poucos.
Hoje, mostro-te apenas a minha disposição para tudo isso.
Eu não sei qual foi o tamanho da merda que já aprontaram contigo, mas eu vou fazer-te passar uma borracha nisso tudo. Não adianta fechar ou tentar isolar o peito. O amor constrói qualquer ponte e derruba qualquer muro. Se eu hoje puder pedir-te apenas uma coisa, peço-te para confiares.
Deixas-me amar-te?
Texto de Gustavo Lacombe