É covardia dizer palavras bonitas e depois agir feito criança que não sabe o que quer e o que diz. É covardia alguém dizer que pretende ficar, quando na verdade irá partir a qualquer momento.
Quantas histórias já ouvi de enganos e daquela dor terrível de recomeçar. Quantos corações partidos que deixam de acreditar no amor e, quando alguém aparece, já é descartado, com medo de doer novamente.
É covardia conquistar, ser gentil, só para aumentar o ego. Ter prazer em saber que alguém “morre” de amores pela gente é dessas coisas bizarras da vida que eu nunca vou entender.
Não entendo o gosto de “pisar” o outro, dos joguinhos e de fazer promessas, quando as atitudes demonstram o contrário.
Covardia é quem chega de mansinho, vai logo ocupando um espaço no nosso coração, doma os nossos medos e, todas as vezes em que pensamos em dar um passo para trás, esse alguém segura a nossa mão e nos faz darmos um passo à frente. Mas depois, de repente, esse alguém vai embora, sem sequer menos dizer adeus, sem ao menos dizer o porquê do sumiço.
Covardia é despertar sentimentos, oferecer abraços, filmes no sábado à noite, quando, na verdade, irá inventar uma desculpa qualquer para nos deixar em casa sozinhos, pensando no que fizemos de errado.
Enquanto o outro curte a vida, tu tentas entender onde foi que falhaste; enquanto o outro descobre outros risos, outros beijos, outros enganos, tu ficas achando que és o problema.
Bonito mesmo é quem fica, até quando não merecemos; quem entende as nossas pausas e os nossos medos; quem sabe dos nossos segredos e, mesmo assim, decide não partir.
Bonito é quem não promete, mas prova, todos os dias, o quanto gosta da nossa companhia. Quem não mente, não engana e não se alegra com a dor do outro.
Bonito é quem desperta o amor e fica, quem conquista e cultiva, quem para além de plantar também rega, cuida, protege, pois não quer perder aquilo que cativou.
Texto de Thamilly Rozendo