Isto não era o que eu queria te dizer. Menos ainda o que eu queria fazer, mas às vezes, a vida toma caminhos que a gente não entende na hora. Talvez agora eu esteja no meio de uma encruzilhada, sem saber por onde seguir, mas a única certeza é que vou por um caminho oposto ao teu. A parte ‘boa’ é que isso não é tão difícil, porque já existe uma grande distância entre nós, o que me ajuda bastante.
Não vou dizer que foi ruim, que tu foste um erro ou qualquer outra coisa que te difame. A nossa história foi linda até onde durou. Isso mesmo, foi. Agora é a hora que, por bem ou por mal, temos que ter maturidade de aceitar o fim.
Eu ainda te amo e duvido que isso mude um dia. Mesmo depois que aparecer outra pessoa, outras histórias, outras vidas, tu ainda vais ocupar um espacinho especial aqui no meu coração. Foi bonito. Foi intenso. É amor.
Mas só amor não enche a barriga. Então eu me despeço de ti agora, afirmando que te amo, mas que preciso seguir, preciso me encontrar. Infelizmente, contigo eu não estava conseguindo isso.
Tu com esse teu jeito manso, sereno… não entendeste que a minha urgência era de movimento, que eu queria mais do que um lugar para pousar de vez em quando. Eu queria um ninho e construí-lo contigo.
É sério, eu estou te esquecendo. Vai ser difícil agora no começo, mas acho que tu deverias fazer o mesmo. Eu confesso que ainda sinto a tua falta e vez ou outra escorre uma lágrima teimosa, mas vai ser melhor assim. Não vai demorar muito até estar tudo bem, para mim e para ti também.
Eu queria mergulhar em ti. Mas tu te satisfazias em ficar na margem, só molhando os pés. Desculpa, mas não estou afim de um amor raso. De raso, só o prato, por conta da bendita dieta.
A gente tentou, eu sei. Talvez em intensidades diferentes. Nem todo mundo tem o mesmo ritmo e nós somos prova disso. Eu remei praticamente só e fiquei dando voltas no mesmo lugar.
Agora cuida de ti. Tu segues daí que eu sigo daqui. Eu ainda te amo, mas cheguei num ponto em que tive que decidir escolher entre eu e tu, e eu decide me escolher a mim.
Texto de Diego Henrique