A lei do retorno é infalível… ela pode demorar, mas nunca falha.
Pode demorar, mas sempre receberemos na medida exata daquilo que oferecemos. Nada mais, nada menos do que isso.
Não é raro as pessoas acharem que estão sendo tratadas injustamente ou de forma desagradável por quem as rodeia. É como se estivessem recebendo muito menos do que verdadeiramente querem receber ou pensam que merecem. Assim, passam a colocar a culpa do que lhes acontece nas pessoas e no mundo lá fora, o que as impede de perceber que elas são as personagens principais da sua própria história, e não simples marionetes nas mãos dos outros.
E, assim, vão passando os dias lamentando as supostas injustiças que lhes vão sendo impostas, sentindo-se mal amados, mal interpretados, mal vistos e desvalorizados. Começam a pensar que ninguém as consegue entender ou perceber os potenciais que possuem.
Mas nem sempre isso é verdade. E é por essa razão que as pessoas nunca devem fugir ao enfrentamento e ao confronto consigo mesmas, analisando racionalmente o que estão oferecendo ao mundo e aos outros, como estão se comportando, olhando bem para si mesmas, e para a forma como estão tratando as pessoas, nas palavras que usam, no tom de voz que colocam, no olhar que dirigem ao mundo lá fora. Muitas vezes, as pessoas estão apenas recebendo de volta exatamente o que oferecem, nada mais nem menos do que isso.
Se conseguirmos perceber o que o mundo e as pessoas realmente estão recebendo de nós, muito provavelmente entenderemos várias coisas que nos acontecem, tendo a consciência de que o que nos chega não é injusto e sim o retorno na mesma medida daquilo que oferecemos ao mundo. Muitas vezes, as pessoas tratam mal os outros, ignorando-os e menosprezando-os, fechando-se aos encontros e às oportunidades, fechando-se a tudo o que está fora de si. Como é que os outros poderão enxergar algo que elas não demonstram? Como é que os outros conseguirão enxergar alguma coisa, caso as pessoas se fechem dentro de si mesmas?
Embora exista quem não consiga fazer outra coisa que não seja azucrinar a vida de quem quer que seja, muitas pessoas com quem iremos conviver ao longo da nossa vida estarão abertas a receber o nosso melhor e a fazer bom uso de tudo o que oferecemos, valorizando-nos e tratando-nos com o devido respeito. É preciso, portanto, que nos permitamos a compartilhar de forma transparente a bondade que possuímos, para que ela nos traga o retorno que merecemos e que nos enriquecerá a vida onde e com quem estivermos. Porque merecemos, sempre, o que oferecemos.
Texto de Marcel Camargo