Melhor ainda do que amar é sentir-se amado.

É tão bom sentir-se amado. É a melhor sensação do mundo. Seja pela família, namorado(a), amigo, colega de trabalho… É tão bom sentir-se querido, sentir-se cuidado. É um sentimento que vai além de gratidão. É algo sagrado, que vem de lá de dentro. É sentir-se essencial para o outro, para o mundo e para ti. É ter a certeza de que tu és parte da felicidade de alguém. É conseguir ver no olhar que esse alguém até conseguiria viver sem ti, mas não quer. É sentir-se responsável por um sorriso. É receber sem saber, de facto, o que foi que tu fizeste para merecer tanto. É um amor sem tamanho.

O mais engraçado disso tudo é que a pessoa não precisa dizer que te ama. Tu simplesmente sabes. Ela consegue expressar na forma como sorri, na forma como te agradece, te pede e até nas vezes nas quais te esquece. Tu sabes que ela se importa, que ela te quer bem. É a forma como ela se interessa em saber da tua vida e em partilhar a dela contigo, nos mínimos detalhes, sem que tu sequer perguntes “o que aconteceu?” ou “como estão as coisas?”. Ela enche-te de informação boa, ruim, e tu sabes que é preciso ouvires com atenção, porque a tua opinião vale muito. É transformar tristeza em alegria num piscar de olhos e mudar o rumo da prosa, para uma ainda mais gostosa. É demonstrar doçura, carinho, ternura, na fala, no abraço e no beijo, seja na boca, na testa ou no queixo.

É sentir um conforto no coração. É não se sentir sozinho nunca. É saber que com aquele ombro tu podes contar, que não importa a hora, tu sempre vais poder ligar. É duvidar da tua capacidade e ter aquela pessoa para te fazer sempre lembrar quem tu realmente és. Porque, para ela, tu és incrível, e contigo a vida faz ainda mais sentido. É sentir o coração bater mais forte. É poder desprezar a tristeza e a desgraça, porque sofrer, com tanto amor ao nosso redor, não é preciso. E, mais do que tudo isso, é sentir-se em paz. É sentir-se seguro, sentir-se vivo. Porque nada neste mundo faz mais sentido do que amar e ser correspondido.

Texto de Ana Paula Mattar

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