Namora alguém que não corte as tuas asas, e que voe contigo
Se eu pudesse dar um único conselho sobre relacionamentos amorosos, ele seria “Namora alguém que te faça acreditar no amor”. Por uma semana, um mês, um ano ou a vida inteira, que seja, mas que te faça acreditar no amor.
Não nesse amor vendido pela Disney, por favor, porque amor real não é “feliz para todo o sempre”. Mas no amor que, vez em quando, tem turbulências e, apesar disso, continua existindo uma vontade insustentável de seguir em frente, feliz, consigo mesmo e com o outro.
Namora alguém que te provoque sorrisos num dia difícil e que te faça lacrimejar de emoção só de os vossos olhos se cruzarem. Alguém que, ao te dar as mãos, também te aqueça a alma e, ao soltá-las um instante, garanta a segurança da tua liberdade. Alguém que te faça acreditar no amor.
Namora alguém que, diante da tempestade, saiba te oferecer a calma num gesto mínimo de carinho e de compreensão, num olhar, num abraço, num colo que conforta mais que qualquer travesseiro premium com penas de ganso. Alguém que ouça os teus medos, inquietações, e entraves, sem julgá-los ou diminuí-los. Alguém que simplesmente te faça acreditar no amor.
Namora alguém que te ache a pessoa mais linda e interessante no meio de toda a multidão, e que não se sinta mal por te ver brilhar. Alguém que, de uma vez por todas, tenha orgulho de te ver chamar a atenção pelo que tu és quando estás a vestir aquilo que tu realmente gostas, seja o que for! Alguém que te faça acreditar no amor.
Namora alguém capaz de te fazer sair da linha. Da concentração, da razão, do controle e, por alguns instantes, da sanidade (porque não?). Mas que saiba te receber com beijos ardentes quando tudo voltar à normalidade. Alguém que, mesmo diante das discordâncias, te faça acreditar no amor.
Namora alguém que seja a tua melhor companhia e a tua maior saudade. Alguém que transite pelos teus sonhos mais altos e que seja o teu chão, caso haja algum tropeção… Alguém que transborde amor, sobretudo nos gestos. Alguém que que te faça acreditar.
No amor.
Texto de Jéssica Vieira