Não a deixes ir embora sem antes dizeres o quanto ela foi – e ainda é – importante para ti. Não a deixes ir embora só porque o teu orgulho é grande demais para pedires para ela ficar. Não a deixes ir embora para perceberes que sem ela, os teus dias já não são assim tão bonitos. Não a deixes ir embora sem que antes ela te olhe nos olhos. Não a deixes ir embora com a falsa ideia que tu és um canalha que só quer fazê-la sofrer.
Não a deixes ir embora sem ela saber que metade de ti ainda lhe pertence e que a outra metade ainda não a quer esquecer. Não a deixes sair pela porta a bater os pés que doem de tanto ter corrido atrás de ti por tu não teres coragem de assumir que tens medo.
Não a deixes ir embora sem ela saber o quanto tu ainda amas o sorriso dela e o quanto aqueles olhos ainda te fazem tremer. Não a deixes ir embora a achar que tu não dás a mínima, que não te importas e que não estás nem ai, porque tu, tu sempre estiveste e não é do dia para a noite que se deixa de sentir.
Não a deixes ir embora a acreditar que a vossa história foi pouca coisa, que o tempo em que vocês estiveram juntos não fez sentido e que tu já deixaste de sentir. Não a deixes ir embora a carregar o fardo de não ter dado certo. Não a deixes ir embora porque, sinceramente, um dia tu vais arrepender-te. Não a deixes ir embora porque se existe uma coisa que eu sei é que ela lutaria mil batalhas por ti, mas quando ela perceber que chegou a hora de ir, não há no mundo homem arrependido que a fará voltar.
Então não a deixes ir embora a menos que tu tenhas a certeza de que tu não vais sentir a falta daquele sorriso e daqueles domingos em que vocês ficavam juntos sem fazer nada e eram os melhores do mundo. Não a deixes ir embora porque uma hora ela pode perceber que já não vale mais a pena esperar, nem voltar. E então, ela vai seguir, vai encontrar um novo rumo na vida e vai aprender que se um dia alguém a deixou ir, nunca mais merece vê-la voltar.
Então, meu caro, aqui vai um conselho sábio: não a deixes ir embora, porque uma hora ou outra, ela pode não querer voltar.
Texto de Pamella Paschoal