Não te expliques demais! Algumas pessoas só vão entender o que lhes convém

Por mais que a gente explique, sempre haverá alguma coisa que alguém não vai entender como devia. Fazer o quê? É a vida, esse longo e infinito exercício de paciência.

Algumas coisas e algumas pessoas não merecem nem um segundo da nossa atenção. Sempre que tu tentas facilitar as coisas existe alguém pronto a tornar a vida mais difícil. A gente esclarece, elucida, dá exemplos, faz desenho e de nada adianta.

Por mais que expliquemos, sempre haverá uma alma disposta a compreender só o que quiser, a interpretar como bem entender o que nós dissemos e a chegar a uma conclusão completamente diferente da que nós pretendíamos. Então, explicar de novo para quê? Diz uma vez e deixa o outro deduzir como preferir. A vida é muito curta para explicações tão longas.

A verdade é que bons ouvintes dispensam grandes justificações. E também é verdade que nós não devíamos perder tempo à toa. Tempo a gente vive. E eu não quero viver o meu explicando algo a quem não vai entender mesmo. Aliás, eu acho até que quem quer sempre fazer-se entender, quem pretende a todo o tempo ser compreendido precisa na verdade de ajuda de alguém para redirecionar a sua energia e o seu foco.

Nós nem sempre somos compreendidos como desejamos. Quem ouve, quase sempre há-de ouvir apenas o que lhe satisfizer. De tudo o que lhe for dito, entenderá apenas o que lhe parecer conveniente. Portanto, explicar demais é inútil.

Se for mesmo indispensável apresentar álibis e provas, encontrar testemunhas e convencer alguém de que tu és inocente, contrata um advogado. Nos outros casos, vira a página, passa adiante e segue em frente. Por mais que tu expliques certo, alguém vai sempre insistir em entender tudo errado.

Texto de André J. Gomes

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