O fim existe porque algumas coisas não são feitas para ser

O que há de tão assustador no fim? É algo tão simples e esperado. Nascemos já a saber que tudo acaba um dia. Encerramos milhares de coisas todos os dias, encerramos a embalagem de produtos, encerramos telefonemas, encerramos contratos, encerramos fases, encerramos conversas, programações, viagens, exercícios e refeições. E porque é tão difícil encerrar relacionamentos?

Talvez esteja relacionado com o tal do hábito. Hábitos exigem uma dedicação maior para serem abandonados, porém, se aquele hábito estiver a prejudicar-te, é preciso ser forte e livrar-se dele o quanto antes.

Mas aí vem aquela fraqueza, aquele pensamento duvidoso, “será que eu fiz a coisa certa?”, “será que a pessoa está melhor do que eu?”, “o que aquela pessoa tem que eu não tenho?”. Queridos, é para frente que se anda. Fecha a porta e não olhes pela fechadura. Não te interesses em saber se o outro está bem ou não, se ele ainda se lembra, se ele pensa em ti, se ele morreu. Aquele ciclo está encerrado e não é mais da tua conta.

“Ah, mas é que eu podia ter feito mais por nós e talvez ainda estivéssemos juntos”. Bem, mesmo que isso seja verdade, a oportunidade já passou, o timing certo já passou e ficar a remoer-se agora não vai fazer o tempo voltar atrás. Agora é tempo de refletir e aprender com os erros para não os repetir, mas por favor, não voltes a procurar quem já faz parte do passado porque isso só provocará mais tristeza em ti.

Algumas coisas não foram feitas para dar certo, e não tem volta mesmo. Então, o máximo que se pode fazer é pensar. Pensar, repensar e lembrar-se que no fundo tu sabias que não era para ser.

Texto de Mallu Navarro

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