Já Foste

Para ser feliz, tu vais ter que ignorar muitas coisas… e pessoas!

Muitas vezes, manter-se longe de certas pessoas não é apenas uma questão de conforto, mas também de saúde mental. Há atitudes que nos desequilibram tanto, que nos bloqueiam e nos impedem de nos sentirmos realizados, que acabam por submeter o nosso bem-estar emocional aos desejos dos outros.

Todos sabemos que nem todas as pessoas nos trazem algo positivo, ainda que nós queiramos muito que isso aconteça.

Sacrificar o nosso bem-estar por outros é a ordem do dia para muitos de nós. Então, acabamos por enfrentar o triste panorama de vivermos submetidos às vontades de pessoas insanas que não nos fornecem sinceridade nem boas emoções. Ou seja, trocas cheias de interesses e egoísmo. Portanto, a fim de crescermos, temos de aprender a ignorar certas pessoas em determinadas alturas.

O que devemos ignorar para sermos felizes?

As situações a partir das quais devemos começar a dar a nossa ausência são variadas. Normalmente, podemos facilmente reconhecer o que nos perturba, mas em outras ocasiões, isso pode ser mais demorado.

Conhecer as pessoas vai ajudar-nos a tomar consciência da realidade, e pode até mesmo ajudar a antecipar estas questões para que possamos impedi-las de fazerem-nos mais mal do que o inevitável. Dito isto, veremos mais de perto o que temos de aprender a ignorar:

1. As críticas dos outros. Ninguém pode afetar-nos sem o nosso consentimento. Em outras palavras, somos nós que validamos as opiniões dos outros. O que os outros pensam sobre as nossas escolhas não deveria preocupar-nos.

2. A criação de inseguranças. Há pessoas que pensam que são especialistas na vida. Isto acaba por criar, consciente ou inconscientemente, inseguranças e pequenas frustrações nas pessoas ao seu redor. Tenta ignorar esse tipo de atitude, só vai levar à frustração.

3. Preocupar-nos com o que não podemos controlar. Se estamos preocupados sobre como essa pessoa vai agir ou o que fazer ou dizer, algo está errado. As pessoas sabem que não devem deliberadamente ferir-nos, e nós não devemos ficar preocupados se elas vão ou não respeitar-nos. Se elas nos ferirem, é melhor ficarmos longe dessas pessoas.

4. Comparações obsessivas. É ótimo que as pessoas triunfem e tenham sucesso, mas não para que façam os outros sentirem-se insignificantes. Portanto, concentra-te no que tu podes fazer para continuar a crescer, e lembra-te que o que tu recebes depende em grande parte do que tu acreditas.

5. Interesses e egoísmo. Nem toda a gente te está a ajudar como finge estar.

Devemos dar a nossa ausência a quem não valoriza a nossa presença

Dá a tua ausência e indiferença a quem não te valoriza. Mas não de forma qualquer, ausenta-te da maneira mais eficaz possível: emocionalmente. Não como uma forma de vingança, mas como uma maneira de te protegeres.

Temos de perceber que ao longo do tempo a imagem que temos das pessoas pode mudar, o que implica que desconheceremos aqueles que pensávamos conhecer.

Às vezes, damo-nos conta tarde demais que tudo o que fizemos por alguém tem sido ignorado ou menosprezado no terreno emocional. É possível que nos sintamos decepcionados e percebamos que a outra pessoa não moveu um dedo por nós.

Conseguir não ser afetado pelas ações de outra pessoa atua como um bálsamo. Pode ser caro no início, mas os resultados começam a fazer-se presentes rapidamente na nossa saúde emocional.

Na verdade, quando somos capazes de fazer isso, percebemos que é um verdadeiro prazer ouvir sem que nada atrapalhe o nosso diálogo interior.

Texto de Raquel Aldana (tradução)