Sê a mulher da tua vida.
Sê a mulher da tua vida. E sê agora! Mas não, não sejas para os outros… nem por eles. Sê por ti e para ti. Vai na frente, dá o primeiro passo, muda de vida sem pedir a opinião dos outros, sem pedir a permissão do mundo. Descobre-te. Entende-te. Faz terapia e, quando não der, faz compras. Sê inconsequente e paga por isso. Fica bêbada e paga a conta. Pede uma rodada no bar e, quando o dia não for de festa, simplesmente diz não. Diz não sem culpa, mas não sem educação. Sê breve na fala e detalhista no pensamento. Aperta firme a mão das pessoas. Sorri. Sê a frente da batalha da tua vida, sem colete à prova de balas. A vida, minha amiga, não é à prova de imprevistos. Se não quiseres não tenhas filhos e, se tiveres, permite-te ser a mãe que a natureza te formou para ser. Escolhe. Viaja. Decide. E, quando ficares em dúvida, simplesmente admite. Muda. De quarto, de casa, de roupa, de sonhos. Solta as mãos, abre os braços, corta o cordão que te prende ao passado. Lê, escreve, escuta. Não esperes, vai. Discute, disputa, pede desculpa. Sê íntima de ti mesma.
Sê a mulher da tua vida. Sê só tua. E não o faças de fachada, não tentes impressionar. Impressiona-te com a vida. Observa uma borboleta, alimenta um gato, acaricia um cachorro. Permite-te ser sensível. Chora. Ser a mulher da tua vida não é ser mais homem, ser a mulher da tua vida é olhares-te no espelho e sentires orgulho do teu próprio sorriso. É respeitares as tuas próprias decisões em detrimento da opinião dos outros, mesmo que esses outros sejam alguém próximo. Ser a mulher da tua vida não é ser durona. Faz ioga ou boxe, mas faz o que tu gostas. Descobre-te de novo. Percebe o que mudou. Tu mudas, o mundo muda. Corta os cabelos, nasce de novo. Ajuda desconhecidos e aproveita milimetricamente o doce sabor de fazer a diferença na vida de alguém. Mas, antes disso, faz a diferença na tua vida!
Pega no carro, paga o almoço, põe o pau na mesa. Sim, tu tens um pau bem grande chamado “amor próprio” e ele não está no meio das tuas pernas. Ama-te. Ama-te muito. Ama-te acima de tudo. E depois de te amares tanto, ama-te mais um pouco. Ama-te sem maquilhagem e sem estar em forma, porque do que adianta os elogios de outra pessoa se tu mesma não conseguires sentir a tua beleza? Veste-te de coragem. Convence-te do quão incrível tu és e, se tu não conseguires ser a tua própria advogada, é porque ainda não entendeste o que é, verdadeira e intensamente, ser a mulher da tua vida.
Honra-te. Tu não nasceste mulher à toa. Tu não lutaste até agora para te esconderes atrás dos teus próprios preconceitos. Sê a mulher da tua vida, mas não o sejas pelos outros. Sê e pronto. E ponto.
E mais te digo… ao compreenderes este texto tu encontraste o teu e só teu (re)começo.
Texto de Letícia Flores Montalvão