A fantástica geração de mulheres que não foram feitas para casar

Nós não fomos criadas para sermos princesas. Não brincamos apenas de bonecas e não aprendemos, desde cedo, como cuidar de uma casa. As nossas mães nunca tiveram tempo para nos ensinar a costurar: em vez disso, nos mostravam com exemplos práticos como ser fortes, independentes e batalhadoras. Em vez de bonecas, livros. Em vez de panelinhas, cadernos. Fomos criadas para sermos mulheres fortes, para enfrentar o mundo de frente. Não somos mulheres para casar.

Não vamos viver para limpar a casa, lavar os pratos e dedicar 100% do nosso tempo para os nossos filhos, porém, seremos parceiras, ótimas companhias e as melhores pessoas para dividir uma vida e uma história. Não fomos criadas para esperarmos a porta do carro ser aberta ou a cadeira ser puxada: nós aprendemos que o quer que a gente queira, nós temos capacidade para fazê-lo.

Não sabemos pregar um botão, mas sabemos indicar uma costureira incrível e barata. Não sabemos fazer o melhor almoço de domingo, mas dividimos a conta de um restaurante impecável. Não somos as melhores do mundo em limpar o apartamento, mas se tu quiseres conversar sobre o expressionismo abstrato, vamos fazer isso com o maior prazer do mundo enquanto indicamos um bom vinho e escolhemos um bom hotel naquele site que descobrimos ontem.

Nós não sabemos se vamos querer ter filhos um dia, mas conseguimos amar um sobrinho ou um filho de uma amiga com todas as nossas forças. Não estamos ansiosas por um anel ou por um vestido branco, mas ficamos realmente felizes com aquele presente inesperado que foi comprado por amor e sem data comemorativa. As nossas brincadeiras favoritas na infância nunca foram casinha ou boneca, mas éramos as melhores em artes e redação. Não fomos criadas para brigar contigo enquanto tu jogas vídeo-games com os amigos, mas sim, para jogar tão bem quanto vocês todos juntos.

Mas por favor, não nos entendam mal. Não somos mulheres que não gostam do amor ou que não sabem amar, muito pelo contrário! Enxergamos o amor nas coisas mínimas. Para nós, um “se cuida” é o equivalente a um “eu te amo”, um “já comeu?” é uma prova do quanto nós importamos para alguém e um “estou com saudades” faz o nosso coração bater mais forte.

Não somos mulheres criadas para casar, mas somos as melhores para dividir uma casa, uma bicicleta, uma mala de viagem e algumas linhas a serem escritas. Às vezes, nós queremos casar, nos vestir de branco e celebrar o amor com tanta gente querida. Mas não fomos criadas para isso, não.

Antes de casar, a nossa prioridade é amar.
E isso nós fazemos muito bem.

Texto de Michele Santos

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