Nem todos os homens são iguais, eles também sabem amar
Sempre que escuto a história de alguém com o coração partido, o vilão da história é sempre o homem. Mas, pera lá menina, os homens também sabem amar. Eu também sei amar. Eu tenho um jeito de ser que pode parecer meio desinteressado às vezes, mas eu também sei amar. O meu tempo de entrega talvez seja mais demorado, mas eu também sei amar. Depois de tantos tombos e tantas feridas as pessoas acabam por ficar na defensiva, fazem pose de duronas para esconder um coração partido. E com os homens acontece o mesmo. Mas é cansativo ouvir sempre a mesma frase: “Homens são todos iguais”. Menina, não te prendas a isso, só porque um idiota e babaca qualquer não soube ser homem. Não te prendas a esse clichê cansado só porque alguém não fez a diferença na tua vida como tu gostarias de fazer na vida dele.
É que homem também sabe amar, do nosso jeito, mas amamos. Uns amam dando flores e fazendo declarações, outros gostam de elogios, outros amam oferecendo a sua companhia. Só não compares uns com os outros. Desconstrói esse padrão de homem perfeito, porque tenho uma péssima notícia para ti: Não somos todos iguais, mas somos todos imperfeitos. Então larga esse conceito, não uses como modelo de homem um babaca que passou pela tua vida e te deixou assim com feridas, que não soube valorizar o teu sorriso bonito e que não viu a beleza que há em ti.
Talvez tu penses que nós homens somos todos iguais e que nós, sei lá, não sofremos por amor. Me desculpa, mas isso não é verdade, acontece que às vezes é mais fácil colocar uma máscara do que me despir da armadura e ir para uma guerra onde sei que vou me machucar, uma guerra que sei que vou perder. E então, a gente se questiona e tenta pensar em que ponto falhou, mas muitas vezes o outro vai embora sem ao menos dizer o que aconteceu. A gente dá o nosso coração e alguém nos entrega ele partido sem esboçar nenhuma expressão de arrependimento. Depois de uma entrega sincera em que alguém partiu o nosso coração, a gente desmonta e fica sem rumo.
E aí, depois de a gente se recompor, depois de a gente se refazer, a gente evita de longe pensar em relacionamentos, certas coisas é melhor manter distância. A gente tenta apagar o passado e esconder qualquer chama que tenta reacender. E aí a gente se fecha e fica com fama de coração de pedra, com fama de quem “não sabe amar”. A questão é: quem me garante que a próxima não será igual? Não é essa desculpa que vocês usam para não se envolver? Afinal, as meninas também sabem quebrar um coração, mas há mulheres que sabem amar. Há meninos que não pensam duas vezes antes de machucar e criar feridas, mas há homens que mesmo amadores sabem amar como ninguém. Então desapega desse clichê cansado porque na somatória dessa história somos dois corações partidos, dois corações que souberam amar quem não tinha nada para dar a não ser feridas. Somos dois corações que depois de se machucar, desacreditaram no amor e que preferem por um tempo não embarcar de novo nessa aventura que é um relacionamento.
Texto de Thamilly Rozendo