Não dá.
Têm sido as semanas mais horríveis da minha vida. Hoje, faz mais uma semana sem o ver. Sinto-me magoada, revoltada, mentalizada de que o fim está perto. Hoje senti, mais uma vez, a falta de amor dele por mim. Estou sentada, na varanda, à espera de um milagre. À espera que ele venha ter comigo, como prometeu… que me venha pedir desculpa, com lágrimas nos olhos, tal como eu estou, um farrapo. E que seja de coração. Que me faça sentir amada, como já não me sinto. Como me senti durante 4 anos, e não como me sinto agora: aberta, sozinha, vazia.
Vejo em todos os carros que passam, em todas as pessoas a pé, em todas as sombras, uma esperança. Vejo em todos um bocadinho dele. Estou cega ao ponto de acreditar que ele ainda vai aparecer. Mas a verdade é que não vai. Nem ele, nem o amor dele vai reavivar. Nem ele, nem as atitudes dele para comigo vão mudar. Sinto-me só mais uma amiga dele. Quero tanto conseguir desapegar-me de um amor que outrora foi mais dele que meu, mas que já não o é. Agora é mais meu do que dele, mas com uma discrepância inexplicável. Ele não merece que eu espere sem fim. Não merece que eu acredite incondicionalmente. Ele não merece esta esperança que eu tenho no nosso amor.
Só peço forças. Forças para me conseguir desapegar. Porque, apesar de tudo, ele não me deixa. Eu espero por esse momento, mas ele não me deixa. Ele quer-me, mas só quando estamos juntos, e depois? E depois como fico? À espera da eterna mensagem que não chega, à espera de desabafar com quem não está lá? Nem sempre podemos estar juntos, e amor à distância é difícil. Funciona sim… mas não nestas condições. Tenho de ser eu a dizer adeus, porque este amor está a fazer-me tão mal… mas como? Uma mulher que ama… é uma mulher com esperança inabalável.
Anónimo