Não é o amor que sustenta o relacionamento, é o modo de se relacionar que sustenta o amor

Amar é tão simples. As pessoas é que complicam, as pessoas é que idealizam demais e se esquecem de viver a realidade que, por mais complicada que possa parecer, continua linda de viver. As pessoas se esquecem de que o amor precisa ser alimentado mas não com presentes e jantares caros. O amor não precisa ser financiado para se manter.

O problema é que as pessoas se esquecem do chocolate favorito do outro quando vão ao mercado, se esquecem de que uma pequena lembrança sobre um pequeno detalhe tem o poder de fazer o coração do outro bater mais forte e que o sorriso vai ser desenhado aos poucos no seu rosto como quem diz obrigada.

As pessoas se esquecem da cor favorita, da sobremesa preferida, se esquecem de que um filme de comédia romântica, num final de tarde no domingo, faz bem. As pessoas se esquecem de elogiar aquele vestido novo, de dizer o quanto o outro fica bem até naquele pijama velho.

As pessoas se esquecem de tirar um tempo de qualidade para escutar o outro. As pessoas se esquecem de dar uma flor dessas que a gente rouba do quintal dos outros (risos). De elogiar o perfume novo e de dizer aos pés do ouvido o quanto ama esse alguém.

Não precisa de buquê no trabalho, não precisa levar para jantar num restaurante caro, não precisa encher de joias, comprar presentes caros. Não precisa disso para manter a chama do amor acesa. Não é isso que faz pegar fogo.

Um beijo na testa faz o coração de qualquer pessoa se acalmar, um abraço quando as coisas não estão bem faz com que a gente se sinta protegido e assistir aquele filme que o outro tanto quer, também faz agradar.

Beijos ao pé da orelha causam arrepios e o toque sincero faz o corpo balançar. O problema é que as pessoas são intensas demais no começo de um relacionamento e fazem de tudo para conquistar o outro, mas não sabem como lidar com todo o sentimento que, às vezes – na maioria das vezes – parece não caber dentro da gente.

E aí vem os inúmeros presentes, os inúmeros agrados, os inúmeros elogios e depois de um tempo, a insegurança vai embora e a gente se esquece de que é preciso conquistar todos os dias. Mas isso, ao contrário do que muita gente pensa, não é um fardo, não é uma obrigação e está longe de ser um sacrifício.

É a simplicidade que emociona, é o beijo de bom dia, é o “sonhei contigo”, é o elogio sincero e inesperado, é o cuidado, é fazer aquela mousse de maracujá, é preparar um jantar em casa mesmo e dizer: “Só tinha ovos, fiz um omelete delicioso para nós dois. Espero que gostes”. Um recado deixado no meio de um livro é o suficiente para fazer o nosso coração sorrir.

Vai, manda um SMS no meio da tarde dizendo que não consegues parar de pensar naquela pessoa, compra o chocolate dela favorito e aparece de surpresa. Vai, compra uma rosa – não um buquê – e deixa um bilhete dizendo o quanto tu a amas.

Não deixes cair na mesmice, continua a fazer aquele belo sorriso brotar, aqueles lindos olhos brilharem. Vai, continua a fazer aquele corpo balançar com o teu toque. Vai, mantém essa chama acesa e deixa incendiar. O amor alegra-se com a simplicidade e são as pequenas coisas que fazem o nosso coração sorrir sem medo, como quem tem alguém ao seu lado querendo fazer de nós a sua morada.

Texto de Thamilly Rozendo

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