O nosso amor só eu e tu é que conhecemos.

Eles não conhecem a força do abraço que damos no fim do dia para recuperarmos as energias. Eles não sabem dos segredos divididos na cama, dos medos debaixo do travesseiro, das inseguranças, do desejo que dê certo contrariando tudo e a todos. De sermos o colo um do outro nos momentos de desespero. De segurarmos a mão do outro num gesto silencioso, dizendo apenas: relaxa, eu estou aqui. Disso tudo eles não sabem. Porque eles não estão.

Dos sonhos que nós decidimos partilhar um com o outro e das noites em que ficamos acordados. Até mesmo daquele dia em que nós descobrimos que amar nem sempre é fácil, mas que nós estávamos dispostos a tentar. Das brigas, dos ciúmes, das lágrimas, da vontade de mandar o outro sumir ao mesmo tempo que nós não o queremos largar. Ninguém sabe.

Eles não sabem o quanto quem nos ama e quem gosta de nós torce para nós darmos certo. E como nós queríamos que nada entre a gente desse errado. Do tanto que eu me esforço para ver um sorriso teu e das milhares de coisas que tu fazes só para me fazeres feliz. Do quanto eu sou viciado no teu beijo. E do tanto que nós somos viciados um no outro.

Da saudade que eu sinto. Da vontade que eu tenho que tu sejas a pessoa mais realizada do mundo. De como eu não consigo gostar de alguém que não consiga gostar de ti.

Eles não sabem dos nossos planos. Não sabem daquilo que é difícil nem têm ideia de como foi fácil apaixonar-me por ti. Eles não sabem pelas fotos, nem por vídeos, nem por tudo aquilo que eles acham que conseguem ver em nós. Eles não sabem dos silêncios nem das palavras sussurradas ao pé do ouvido antes de dormir. Eles acham que sabem, mas não sabem.

Nós é que sabemos de tudo o que é bom. E de tudo o resto também.
“Porque do nosso amor… a gente é que sabe”.
E eles não sabem de nada.
Nada.

Texto de Karine Rosa

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